Aves migratórias espalham excrementos sobre figuras de lama que jazem sem expressão no chão. Um homem acorda e sintoniza-se com as palavras de um poema audível a partir da matéria que cai. As sementes dos excrementos dos pássaros são feitas de poesia. Os homens da lama acordam e começam a recitar este verso. O homem cava um buraco com a intenção de plantar a semente, mas cai no fundo do buraco, enquanto a terra ronca. Aí encontra uma passagem que o liga a um tempo e lugar numa dimensão diferente e, atraído pelo som crescente de tiros, dá por si num campo de batalha. Uma guerra de memórias passadas aparece num ecrã em pleno ar, a sua luz brilha sobre o homem. O povo da lama assume as memórias de guerra que lhes são mostradas pelas sementes. “Isto não é sítio para viver.” Para escolherem o futuro, procuram repetidamente uma saída alternativa. Os “versos” revolucionários podem ser ouvidos como pequenos sopros de vento no buraco. Através da saída final a que chegam, os lírios florescem em grande estilo. O povo da lama acorda, com as mãos estendidas para o céu, tão belas como as flores, e o ar ressoa com palmas ritmadas.