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Le Monde Vivant

O mundo dos vivos · The Living World

Eugene Green

2003, BE, FR, 71', M12


Antes e Depois

27 Nov 2024 · Batalha Centro de Cinema - Sala 2 · 19H30


PT geral

Vi Le Monde Vivant, o filme do Eugène Green há 20 anos, quando passou e ganhou a primeira edição do IndieLisboa (2004). A minha reação ao filme foi de um deslumbre imediato.
O que tem de especial este filme, um conto de fadas, com um um ogre mal barbeado, com dois filhos crianças a viver numa dispensa, uma esposa que mantém cativa numa capela e que vai ser enfrentado por dois cavaleiros de calças de ganga, um com um leão e o outro não, determinados a enfrentar o monstro e salvar a donzela?
O verdadeiro prazer deste filme é acreditar no que se vê e se escuta. Eu acreditei. Sim, o cão é um leão, o leão pode chorar e uma árvore pode ser uma mulher.
Hoje, 20 anos depois, sou produtor de cinema e um dos próximos filmes que irei lançar é do realizador Eugène Green, chama-se “A Árvore do Conhecimento” [The Tree of Knowledge] que, como Le Monde Vivant, estabelece um pacto com o espetador: um Ogre que rapta turistas em Lisboa, para os transformar em animais. Mais não vos conto, por agora. (Luís Urbano)

Um ogre quer livrar-se da sua mulher para se casar com uma jovem que aprisionou numa capela. Tem também duas crianças em cativeiro.
Dois cavaleiros partem para o combater. Um tem um leão, o outro não, e ambos usam calças de algodão de Génova cortadas à moda de Nimes.
Esta história, passada no presente, é intensamente pertinente para o nosso tempo.