A artista interdisciplinar curda Helin Çelik assina a sua segunda longa-metragem, Anqa, na qual três mulheres encontram, na intimidade de um apartamento, um espaço de refúgio: todas elas sofreram na pele os horrores da guerra na Jordânia e é na partilha que encontram uma qualquer forma de terapia. Não se trata tanto de denunciar os crimes e expor os traumas, antes de os sentir impressiva e liricamente, sarando as feridas e propondo encontros. Um filme que olha a dor de frente, mas sempre com ternura. Como diz uma das protagonistas, “eu não sou o que resta, eu existo”.
Anqa estreou no festival de Berlim, na secção Forum.