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Memoirs: Debate e Lançamento

Memoirs: Debate e Lançamento · Memoirs: Debate e Book Launch

2016, PRT,


Fórum do Real 2016 / Memoirs 2016 / Outros Eventos 2016

27 Nov 2016 · TM Rivoli, Café-Concerto · 18H00


Entrada gratuita.

Website + Livro: Margarida Calafate Ribeiro e António Sousa Ribeiro
Debate com Jorge Andrade, Ana Delgado Martins, moderado por António Pinto Ribeiro

Geometrias da Memória: configurações pós-coloniais, organizado por António Sousa Ribeiro e Margarida Calafate Ribeiro lança uma reflexão sobre o conjunto de questões expostas, abordando temas relevantes para uma análise do modo como constelações do passado, nomeadamente do passado colonial, se projetam e condicionam o presente: na forma de conceber a relação com o outro, na arquitetura das relações de poder, na persistência de formas de violência, nas dinâmicas através das quais o campo político e cultural procura construir uma reflexão virada para a construção de um futuro que não constitua uma repetição do passado. Na sua maioria, a obra integra um conjunto de reflexões em torno do projeto Memoirs: Filhos de Império e pós-memórias europeias do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e financiamento do European Research Council, que interroga o tempo europeu contemporâneo, a partir de diferentes contextos históricos e de diferentes países – França, Bélgica e Portugal. Os casos analisados foram escolhidos a partir da sua relevância para um presente concebido, não como simples atualidade, mas sim como um tempo denso atravessado por tensões que só são compreensíveis do ponto de vista da longa duração histórica, como é a questão colonial e o seu fortíssimo impacto na evolução política e construção identitária destes países na contemporaneidade: o Congo Belga é o cerne do imaginário colonial da Bélgica e hoje a Bélgica é um país com uma densa população que tem origem nos trânsitos coloniais; a guerra da Argélia e a sua independência foram os eventos políticos de maior significado na história francesa pós-Segunda Guerra Mundial; no caso de Portugal, o “Ultramar”, a guerra colonial e as independências das colónias africanas são incontornáveis para entender a segunda metade do século XX, nomeadamente o fim da ditadura e o processo de democratização e reconfiguração identitária do país.