Como uma criança que tenta encher o mar com areia infinita, surge uma titânica e apocalíptica necessidade de explorar o processo Olímpico, no momento em que os Jogos passam, como um leão esfaimado, pela metrópole de Londres pela terceira vez na história moderna. The Golden Temple tenta capturar o espírito e a atmosfera do último ano antes das Olimpíadas. No mesmo espaço, três templos são erigidos: um para o Lazer, outro para a Fé e um terceiro para o Consumo. Muito mais do que uma simples celebração do ideal humano, os Jogos Olímpicos implicam o confisco de uma grande área de uma cidade e a posterior reabilitação urbana. O desporto é aqui visto como pretexto, instrumento e símbolo de transformações socioeconómicas que desrespeitam o direito à cidade dos indivíduos, numa odisseia urbana pelo coração do capitalismo.